terça-feira, 7 de setembro de 2010

Rio Info 2010

RioInfo ( http://www.rioinfo.com.br/) é um evento que já ocorro a 8 anos e tem como objetivo proporcionar uma oportunidade ao setor de Serviços em TIC de integração, formação de parcerias e negócios com empresas de diversas regiões e países.

Participamos do evento este ano  com objetivo de formação de parcerias e percebermos alguns movimento do mercado e até ausência deles.

  


A abertura solene teve a participação do atual Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, Ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende e outras autoridades. O Sr. Benito Paret, Diretor Executivo da RioSoft promoveu um início brilhante, tocando nas dores do setor de TIC e citando o baixo apoio do governo ao setor, que foi aplaudido pela sua pontuação e destaque.

Em seguida foi dada a palavra para o Governador Sérgio Cabral, que participa deste evento desde o seu início e falou com propriedade, conhecendo muito bem os números e abordando muito bem o esforço realizado pelo Rio de Janeiro (estamos em época de eleição) apoiando o setor em questão. Foi infeliz em querer dizer que o Rio concentra as cabeças pensantes e que São Paulo é hardware e Rio de Janeiro é software. Realmente eles não conhecem o Estado de São Paulo. E eu me sinto a vontade de falar pois sou natural do Rio e prestamos serviços de TIC em vários estados da federação, assim posso comparar pela vivência. Em linha geral o Governador, no pouco tempo que participou, foi muito bem e até ganharia meu voto se ainda morasse lá. Mesmo tendo uma boa semelhança com o ator do filme Caça-Fantasmas e Os Irmãos Cara de Pau, Dan Aykrod.

  


Depois falou o Ministro Sérgio Rezende. Tentou justificar os investimentos que o Brasil fez em TIC através da formação de Mestres, Doutores e Pesquisas. Não falou nas empresas. Penso que a atual Gestão Brasileira pensa apenas no populismo. Para as empresas brasileiras cabe em criar mecanismos de melhorar a tributação e a receita sobre nossas empresas. O Ministro foi insosso, totalmente despreparado e demonstrou o quanto o Brasil está longe de um pensamento de crescimento e união empresarial. Talvez TIC não seja importante para o País. Por isso estamos juntos em uma pasta com nome de Ciência e Tecnologia. Parece que TI ou TIC representa 10% dos investimentos desta pasta. Ou melhor dizendo, ficou claro que nosso País não tem prioridade pelo desenvolvimento dessa área. Ouvi do Ministro que países como "China e Índia, são as novas potências emergentes em TIC, mas não são formadas por uma política democrática como o Brasil". Traduzindo para o meu entendimento: Que por eles serem formados por castas ou partidos únicos são estratégicamente mais agressivos, pois a democracia não oferece tais condições. Bom!!! Sem comentários!! Talvez eu não esteja em um dia receptivo para tais palestras.  




Os investimentos promovidos pelo Brasil no setor de TIC não são agregadores, não apoiam as empresas em um sentido de união. As pequenas e médias empresas já não possuem ainda uma cultura de união, já se esforçam demais em conseguir pagarem suas contas. São  como pequenos grupos que lutam isoladamente pela sobrevivência e não percebem que juntas seriam mais poderosas. São  presas ainda na força do relacionamento para criar condições no mercado e não desenvolvem o profissionalismo. Mas percebi que haverá a mudança. Não por vontade política. O país receberá cada vez mais empresas de vários setores que vem de outros países e outras regiões. Obrigarão as empresas locais a se profissionalizarem, planejarem, organizarem, pensarem estratégicamente e não mais ter a visão míope do dia seguinte.




Conversando com empresários portugueses fiquei muito satisfeito da forma como a Comunidade Européia conduzia e proporcionava a internacionalização das empresas que estavam no evento. Eles possuem um apoio em até 70% dos custos investidos (transporte, hotel, conferências) para que as empresas participantes da comunidade pudessem levar seus produtos para outros mercados. E este apoio independia do evento. A qualquer momento poderiam vir ao Brasil desde que houvessem oportunidades. Conversando com outros empresários, me diziam não acreditar como empresas Brasileiras conseguiam sobreviver com os tributos tão altos, que com certeza dificulta a competitividade frente as empresas estrangeiras. Por isso, mesmo com um câmbio de quase 3 x 1 do Euro frente ao Real eles conseguem trazer produtos atrativos para o nosso mercado.

Também não poderia deixar de falar na do modelo muito interessante utilizado pela RioInfo que é a rodada de negócios aonde empresas tem uma oportunidade de agendar compromissos conforme interesses mútuos.



As Rodadas de Negócios oferecem uma oportunidade única de conhecer o produtos, pessoas, modelos de negócio, conhecimento e até rumo que as empresas de diversos mercados, nacionais e internacionais estão tomando.

Foi uma semana bem proveitosa. Esperamos concluir pelo menos duas parcerias proporcionadas pelo evento.